terça-feira, 5 de junho de 2012

Dia Mundial do Meio Ambiente alerta para a conscientização ambiental




Esta terça-feira, 5 de junho, marca o Dia Mundial do Meio Ambiente (WED, na sigla em inglês), data criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) há 40 anos, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo (Suécia), no intuito de colocar o tema no centro das preocupações da humanidade, além de reforçar que o futuro do planeta Terra depende do desenvolvimento de valores e princípios que busquem a garantia do equilíbrio ecológico.

No encontro mundial foi travada pela primeira vez, de forma oficial, uma discussão sobre o meio ambiente. Além da data especial, que agora completa quatro décadas, o evento também resultou na criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma, Unep na sigla em inglês), órgão ambiental da ONU que tende a ser fortalecido depois da Rio+20, e que pode até mesmo trocar de status, passando a ter poder de decisão, como é o caso da Organização Mundial do Comércio (OMC), por exemplo.

O tema do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2012 é : Economia Verde: Ela te inclui? A pergunta convida todos a avaliar como a tal conceito se encaixa na vida cotidiana, além de buscar avaliar se o desenvolvimento por meio de uma Economia Verde atende às necessidades individuais.

O Brasil foi escolhido pela ONU como país-sede do Dia Mundial do Meio Ambiente em 2012, a exemplo do que já ocorrera em 1992, mesmo ano da Rio-92 (Cúpula da Terra), realizada no Rio de Janeiro. Dessa vez, aproximadamente uma semana depois do WED 2012, o Brasil receberá governantes de todo o mundo para à Rio+20, que terá como tema central a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza.

Situação preocupante


Apesar de ser considerado hoje uma “potência ambiental” diante do mundo, em razão dos avanços nesse setor nos últimos anos, o país-sede do WED 2012 e da Rio+20 vive um dilema com a sua própria legislação sobre o tema. O Código Florestal Brasileiro aprovado na Câmara dos Deputados recebeu 12 vetos e 32 modificações da presidenta Dilma Rousseff, por meio de medida provisória (MP), e teve de retornar ao Congresso para apreciação mista (senadores e deputados) dos congressistas. O texto, como estava, anistiava desmatadores e reduzia áreas de preservação permanente (APP).

Em relação à disponibilidade de recursos hídricos, o Brasil vive melhor situação do que boa parte dos países, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). O volume de água no país representa 12% da disponibilidade do planeta. No entanto, a distribuição é desigual, pois mais de 80% da disponibilidade hídrica está concentrada na região hidrográfica amazônica.

Atualmente, é consenso entre especialistas do mundo inteiro que o meio ambiente vive uma crise sem precedentes, por conta de fatores como o crescimento populacional, o consumo desenfreado dos recursos naturais e as práticas humanas que degradam a natureza, como as emissões de gases do efeito estufa, o desmatamento e a má distribuição da água, apenas para citar alguns exemplos.

As emissões globais de CO2 derivadas da queima de combustível fóssil atingiram um recorde de 31,6 bilhões de toneladas em 2011, um aumento de 3,2% em relação a 2010, segundo informou recentemente a Agência Internacional de Energia (AIE).

Para evitar impactos extremos causados pelas mudanças climáticas, a concentração de CO2 deveria ser inferior a 350 ppm (partes por milhão), segundo a comunidade científica internacional. No entanto, o nível do gás atingiu pela primeira vez, nos últimos 800 mil anos, a marca de 400 ppm na atmosfera, de acordo com dados de monitoramento de estações de pesquisa no Ártico.

A biodiversidade mundial também preocupa. Dados da Unesco mostram que o uso insustentável dos recursos naturais, combinado com as necessidades de uma população global crescente, prejudica seriamente a saúde dos ecossistemas, além de resultar na perda da biodiversidade.

Atualmente, cerca de 17 mil espécies estão em perigo de extinção, um problema que deve ser combatido com educação, comunicação e políticas públicas. Atualmente, segundo o Pnuma, uma em cada três espécies de anfíbios, mais de uma espécie de aves em cada oito, mais de um mamífero em cada cinco e mais de uma espécie de coníferas em cada quatro estão ameaçadas de extinção.

Brasil é a sede global das atividades oficiais de celebração do dia 5 de junho.


Aproximadamente uma semana após o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Brasil receberá governantes de todo o mundo para a Rio+20, que terá como tema central a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza.

Na corrida para a Rio+20, o Dia Mundial do Meio Ambiente vai promover o papel ativo de comunidades em todo o mundo na transição para uma economia verde, eficiente em recursos e com baixa emissão de carbono.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) também lança, no dia 6 de junho, o Panorama Ambiental Global 5 (GEO-5). Após três anos de preparação, que envolveu cerca de 300 especialistas ambientais, o GEO-5 é a mais abrangente análise ambiental da ONU. Na rota até a Rio+20, o GEO-5 vai avaliar o estado do meio ambiente global e acompanhar o progresso rumo às metas internacionais de sustentabilidade.

Celebrações por todo o mundo


Além do Brasil, celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente estão sendo organizadas por indivíduos, organizações e comunidades em dezenas de localidades.

Um mapa interativo com as atividades globais do Dia Mundial do Meio Ambiente pode ser visualizado no http://www.unep.org/wed/aroundtheworld/activitymap/








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