segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Anvisa publica regras para produtos biotecnológicos




A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou dois guias com regras para registros de produtos biotecnológicos no Brasil, informou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante evento da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Rio de Janeiro.

Segundo o ministro, a publicação dos guias, que trazem regras “claras” para o Brasil, é um estímulo para a produção nacional de produtos biotecnológicos, o que pode garantir remédios mais baratos. Com isso, de acordo com Padilha, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá ampliar o atendimento à população.

“Os produtos biotecnológicos são a nova fronteira de medicamentos para tratamentos, sobretudo, de câncer e doenças infecciosas. São os novos tratamentos mais eficazes e seguros para população. No rol de medicamentos que usamos hoje no SUS, 1% dele é biotecnológico, mas ele compromete 34% do orçamento do Sistema Único de Saúde. Quando começarmos a produzir aqui no Brasil, poderemos reduzir o preço e atender um número maior de pessoas.”

Outros dois guias específicos para o registro dos medicamentos Interferon Alfa, usado no combate a infecções virais e tipos de câncer, e Heparina, que tem função anticoagulante, foram publicados pela Anvisa. Padilha disse que agência também criou uma câmara técnica para propor novas políticas para os produtos biotecnológicos. “A ideia é que a gente possa ter instrumentos mais claros para a indústria poder produzir esses produtos no Brasil.”
Fonte:
http://www.crqv.org.br/php/index.php?link=2&sub=1&id=414

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Um pouco de Chet Baker


Chesney Henry Baker Jr. nasceu em 1929 e foi criado em uma fazenda de Oklahoma. Morreu em 1988 ao cair da janela de um hotel em Amsterdã. A causa do acidente tem duas versões: suicídio ou excesso de drogas. O que dá no mesmo. Foi um trompetista de jazz. Na infância, começou a cantar na igreja e ganhou um trompete do pai, guitarrista amador de bandas de country, de quem herdou a paixão pela música. Aos 17 anos, acrescentou um ano em seus documentos e alistou-se no Exército. Sendo transferido para Berlim começou a tocar em bandas militares. É nesse período que ouve jazz pela primeira vez, pela rádio do exército. Ao sair do exército parte para Los Angeles e começa a estudar teoria musical.

 

Iníciou sua carreira de sucesso com Charlie Parker quando este estava à procura de um trompetista para acompanhá-lo em sua turnê pelos Estados Unidos e Canadá. Baker tinha grande afeição por Charlie Parker, por sua gentileza, honestidade e pela maneira como protegia os músicos da banda, tentando mantê-los longe da heroína que tanto lhe corroia. Amante do jazz, Baker não tardou em conquistar o sucesso, sendo apontado como um dos melhores trompetistas do gênero. Em seguida, entrou para o ‘Gerry Mulligan Quartet’, que criou o estilo ‘west coast’, um estilo de jazz mais calmo, menos frenético cujas músicas caracterizavam-se por composições mais elaboradas. Tempos depois, Chet conquistou um novo público ao lançar-se como cantor, à frente do próprio quarteto. Sua versão de 'My Funny Valentine' com Mulligan é clássica. chet bakerApesar do sucesso, sua vida ia de mal a pior, com seguidas detenções por porte de heroína. Na Itália, onde morou nos anos 60, passou mais de um ano preso. O vício deteriorou sua reputação nos Estados Unidos, embora ele ainda fosse aclamado na Europa. Em 1964 volta aos EUA, agora dominados pelo rock dos Beatles, restando pouco espaço para os músicos de jazz. Nessa mesma época perdeu diversos dentes em conseqüência de um briga em uma negociação de heroína. Chet Baker desceu ao inferno. 
A vasta obra do músico é dividida em duas fases: a cool, do início da sua carreira, mais ligada ao virtuosismo jazzístico e a segunda parte, quando a sensibilidade na interpretação torna-se ainda mais evidente. Chet Baker gostava também de cantar, com sua voz pequena e frágil criando um modo de cantar no qual a voz era quase sussurrada, influenciando assim a bossa nova. Avesso às partituras, Baker era dotado de extrema criatividade, para tocar as músicas pedia apenas o tom, improvisava com sentimento e paixão. 
Chet Baker chegou ainda a tocar no Brasil por duas vezes, na primeira edição do "Free Jazz Festival", em 1985. Conta-se que após a segunda apresentação, em São Paulo, Baker quase teria morrido de overdose, após tomar doses cavalares de remédios para a abstinência. Impressionante é a metamorfose que sofreu devido ao vício. De galã com sorriso de Mona Lisa na década de 50, eternizado pelas belíssimas fotos de Willian Claxton, até sua decadente aparência de senhor de 70 anos, quando ainda tinha apenas 50.

fontes: http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=5814 e http://pintandomusica.blogspot.com/2009/08/chet-baker.html