Chesney Henry Baker Jr. nasceu em 1929 e foi criado em uma fazenda de Oklahoma. Morreu em 1988 ao cair da janela de um hotel em Amsterdã. A causa do acidente tem duas versões: suicídio ou excesso de drogas. O que dá no mesmo. Foi um trompetista de jazz. Na infância, começou a cantar na igreja e ganhou um trompete do pai, guitarrista amador de bandas de country, de quem herdou a paixão pela música. Aos 17 anos, acrescentou um ano em seus documentos e alistou-se no Exército. Sendo transferido para Berlim começou a tocar em bandas militares. É nesse período que ouve jazz pela primeira vez, pela rádio do exército. Ao sair do exército parte para Los Angeles e começa a estudar teoria musical.
A vasta obra do músico é dividida em duas fases: a cool, do início da sua carreira, mais ligada ao virtuosismo jazzístico e a segunda parte, quando a sensibilidade na interpretação torna-se ainda mais evidente. Chet Baker gostava também de cantar, com sua voz pequena e frágil criando um modo de cantar no qual a voz era quase sussurrada, influenciando assim a bossa nova. Avesso às partituras, Baker era dotado de extrema criatividade, para tocar as músicas pedia apenas o tom, improvisava com sentimento e paixão.
Chet Baker chegou ainda a tocar no Brasil por duas vezes, na primeira edição do "Free Jazz Festival", em 1985. Conta-se que após a segunda apresentação, em São Paulo, Baker quase teria morrido de overdose, após tomar doses cavalares de remédios para a abstinência. Impressionante é a metamorfose que sofreu devido ao vício. De galã com sorriso de Mona Lisa na década de 50, eternizado pelas belíssimas fotos de Willian Claxton, até sua decadente aparência de senhor de 70 anos, quando ainda tinha apenas 50.
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