quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Ranking do Saneamento no Brasil



O estudo exclusivo do Instituto Trata Brasil, “Ranking do Saneamento”, é uma avaliação dos serviços de saneamento básico prestados nas 100 maiores cidades do País. O estudo revela a parcela da população atendida com água tratada e coleta de esgotos, as perdas de água, investimentos, avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto gerado pelos 78 milhões de brasileiros destas cidades.

A base de dados consultada foi extraída do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgado anualmente pelo Ministério das Cidades, e que reúne informações fornecidas pelas empresas prestadoras dos serviços nessas cidades. Os dados consultados são de 2011, os últimos publicados pelo Ministério das Cidades.


Resultados Gerais

Atendimento em água tratada: em geral, os números de 2011 mostram uma evolução 
nos serviços prestados à população, comparados a 2010. Em 2011, o atendimento 
com água tratada nas 100 maiores cidades teve crescimento de 0,9 p.p. - pontos 
percentuais - atingindo 92,2% da população; número bem superior ao atendimento 
na média do país (82,4%). Dos indicadores, a universalização da água é o que 
está mais próximo.

Atendimento em coleta de esgotos: a coleta de esgoto nestas cidades chegou a 
61,40% da população contra 48,1% no país - um crescimento de 2,3 p.p de 2010 para 
2011. Quase metade das cidades (47), no entanto, tem índices abaixo de 60%, o 
que torna muito difícil alcançarem a universalização até 2030, a se manter este ritmo 
de crescimento.

Tratamento dos Esgotos: o volume de esgotos tratados aumentou em 2,2 p.p. 
chegando a 38,5% nas 100 cidades; índice muito similar aos 37,5% de tratamento de 
esgotos no país. É o serviço mais distante da universalização no saneamento. 
Em 2030, a se manter esse ritmo de avanços, estaremos longe de ter todo o 
esgoto tratado nas 100 maiores cidades.

Eficiência / Perdas de água: A média de perdas financeiras com a água para os 
100 municípios foi de 40,08%; pior do que a média do país (38%). Apenas 4 cidades 
apresentaram perdas menores que 15%. 22 delas tiveram índices entre 15 e 30%. 
Significa que 74% das cidades apresentaram perdas maiores que 30%, sendo que 
14 delas com perdas acima de 60%. As piores cidades foram Boa Vista, Mogi das 
Cruzes, Várzea Grande, Recife, Jaboatão dos Guararapes, São Luis, Rio Branco, 
Porto Velho e Macapá.

92% das cidades melhoraram muito pouco seus níveis de perdas entre 2010 e 2011 
(menos de 12% de evolução). Os destaques positivos foram Florianópolis, Santa 
Maria, Blumenau, Suzano, Vitória, Vila Velha e Niterói, Mauá e Maringá.

Outros destaques:

■ 50% das cidades analisadas fizeram mais de 60% das ligações faltantes de água 
tradada. 
■ Entre os destaques negativos podem ser citados o baixo esforço de várias das 
grandes cidades em avançar nos serviços de esgotos. 53% delas investiram 
menos de 20% de sua arrecadação na expansão dos serviços e 40% fizeram 
menos de 20% das ligações faltantes de esgotos.




Em dezembro foi aprovado o Plansab (Plano Nacional de saneamento Básico). O Plansab com investimentos estimados de R$ 508 bilhões entre 2013 e 2033, prevê metas nacionais e regionalizadas de curto, médio e longo prazos, para a universalização dos serviços de saneamento básico. O plano nacional deve abranger o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, o manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais, além de tratar das ações da União relativas ao saneamento nas áreas indígenas, nas reservas extrativistas e nas comunidades quilombolas.

Será que sai do papel?

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