segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Black Mosquito

Relembrando os tempos em que a Black Mosquito tocava por aí, nos bares de Carlos Barbosa e região!
Saudade
http://www.youtube.com/watch?v=FVhFscSNcaI
http://www.youtube.com/watch?v=5cbnmyPmi-I
Já deve ter acontecido alguma vez na sua vida: você encontra um colega na escola e taxa o cara de NERD. Claro, oras, o cara só fala de videogames, filmes, desenhos e de bandas que você nunca escutou! Como é que um cara assim ia ser legal? Mas aí um dia, por acaso, acaba conversando com o tal nerd e ele se mostra uma pessoa tão legal e tão supimpa que você se arrepende de não ter dado uma chance antes. Assim é a Black Mosquito.

Vindos da fria Carlos Barbosa, cidade situada na ainda mais fria serra gaúcha, essa banda faz um som que com certeza vai esquentar suas orelhas. Eles são aqueles seus amigos nerds. Só que eles pegaram seus instrumentos e começaram a fazer música.

A banda foi formada com o intuito de compor a trilha sonora de um filme chamado "Pânico na Aula de Religião" (que acabou nunca saindo) e já mostrou suas composições em dezenas de shows pela cidade de Carlos Barbosa e arredores, sendo destaque também no jornal de maior circulação da cidade, que, na ocasião, descreveu "Vamo Dá Uma Banda" como "séria candidata a hit". E a canção "Elisa", primeiro single, já é tocada inclusive em casas noturnas da capital de São Paulo.

Se alguém perguntar pra eles o tipo de som que fazem, com certeza a resposta vai ser algo como "Weezer jogando vídeo game" ou “Rock pra quem toma Fanta Uva”, mas a verdade é que fazem um Powerpop com P maiúsculo. Redondo e direto ao ponto, vindo direto do coração de pessoas que decidiram ficar pra sempre na oitava série.

As músicas são uma mistura de melodias fáceis, guitarras distorcidas e letras inocentes, todas muito felizes e sempre sobre amor.
Com suas guitarras soando algo como “E se os Beatles usassem distorção?”, o show da Black Mosquito é agitado do inicio ao fim, sendo sempre bem recebido pelo público. Provas concretas disso são o segundo lugar que a banda alcançou na classificação da Etapa de Garibaldi do 1º Circuito de Rock da Serra Gaúcha, em 2002 e o a posição de destaque que a banda ocupou por cerca de uma semana no site Trama Virtual (um dos mais importantes sites de bandas independentes da América Latina).

Don't Stop me now!!

http://www.youtube.com/watch?v=vZ1Ei0l85Kg

Faz tempo que eu queria postar e ficava deixando pra depois...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Bancos recebem notificação sobre financiamento de Belo Monte

Belo Monte: a polêmica continua...



Data da notícia: 8/11/2011

por Leonardo Sakamoto*

Uma notificação extrajudicial assinada por mais de 150 entidades da sociedade civil foi enviada para 11 bancos públicos e privados que podem vir a participar, direta ou indiretamente, do financiamento da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
De acordo com fontes nos bancos ouvidas por este blog, o governo federal tem pressionado vigorosamente as grandes instituições financeiras privadas a participarem da obra.
O documento foi endereçado para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia (Basa), Bradesco, Itaú Unibanco, HSBC, Santander, Banco Votorantim, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e BES Investimento do Brasil. Entre os signatários da notificação, estão o Instituto Socioambiental (ISA), a Prelazia do Xingu, a Justiça Global, o Movimento dos Atingidos por Barragens, a Comissão Pastoral da Terra, o Conselho Indigenista Missionário, entre outros.
Através do documento, as instituições serão alertadas sobre os elevados riscos financeiros, jurídicos e de reputação do empreendimento associados às violações de direitos indígenas e outras irregularidades no processo de licenciamento ambiental da usina – além de incertezas sobre os custos de construção e ineficiência energética do projeto.
De acordo com o documento, os bancos poderão ser considerados legalmente co-responsáveis pelos danos ambientais do projeto, além de ressaltar a incompatibilidade de Belo Monte com as responsabilidades legais e demais diretrizes de responsabilidade socioambiental assumidas pelas instituições financeiras, como o Protocolo Verde e os Princípios de Equador.
Além dos problemas econômicos e jurídicos, a notificação sublinha os riscos à imagem das empresas, visto a crescente oposição, em âmbito nacional e internacional, contra a usina e os altos impactos ambientais e sobre as populações indígenas e ribeirinhas.
Na madrugada do dia 27 de outubro, cerca de 400 indígenas, camponeses, ribeirinhos e ativistas ocuparam o canteiro de Belo Monte e bloquearam a rodovia Transamazônica. Além de violações aos direitos humanos, eles protestaram contra os impactos na cidade, que não foi preparada para receber o fluxo migratório provocado pelo início das obras. O canteiro foi desocupado 15 horas depois.
Já há um precedente para essa ação junto aos bancos. O Ministério Público Federal no Pará ajuizou, em março deste ano, ações civis públicas contra o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia por terem concedido financiamentos a fazendas com irregularidades ambientais e trabalhistas no Estado. Entre os pedidos dos procuradores estava o de fazer com que os bancos invertessem suas prioridades, deixando de emprestar dinheiro para produtores irregulares, implementando política de juros reduzida para produtores de municípios ambientalmente responsáveis e incentivando o licenciamento ambiental das propriedades.
O MPF apontou que pode fazer o mesmo com Belo Monte.
Também foi pedido a realização de auditorias internas nos bancos para checar o tamanho do desmatamento fomentado por esse financiamento a partir de julho de 2008. A regra do CMN determina aos bancos oficiais ou privados que só liberem financiamento para atividades agropecuárias no bioma Amazônia com apresentação do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), de Licença Ambiental e ausência de embargos por desmatamento ilegal. A pesquisa que embasou as ACPs relacionou empréstimos de R$ 8 milhões concedidos pelo Banco do Brasil e de mais de R$ 18 milhões pelo Basa. De acordo com o MPF, sua investigação, feita por amostragem, encontrou 55 empréstimos com diversas irregularidades ambientais e até casos de trabalho escravo.
As placas de financiamento de bancos e agências federais de fomento, expostas na porteira das fazendas, em frente a obras de hidrelétricas, no pátio de frigoríficos, provam que o Estado se faz presente na fronteira agrícola para uns, através de incentivos fiscais, isenção de impostos, taxas e subsídios e infra-estrutura, e que há uma política pública apoiando aquelas práticas. Enquanto isso, para outros, Estado só se manifesta, sobre rodas, para libertar trabalhadores, bloquear áreas de ocorrência de crimes ambientais ou desocupar rodovias tomadas por protestos.
*publicado originalmente no Blog do Sakamoto.
(Blog do Sakamoto)

Fonte: http://envolverde.com.br

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Anvisa publica regras para produtos biotecnológicos




A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou dois guias com regras para registros de produtos biotecnológicos no Brasil, informou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante evento da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Rio de Janeiro.

Segundo o ministro, a publicação dos guias, que trazem regras “claras” para o Brasil, é um estímulo para a produção nacional de produtos biotecnológicos, o que pode garantir remédios mais baratos. Com isso, de acordo com Padilha, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá ampliar o atendimento à população.

“Os produtos biotecnológicos são a nova fronteira de medicamentos para tratamentos, sobretudo, de câncer e doenças infecciosas. São os novos tratamentos mais eficazes e seguros para população. No rol de medicamentos que usamos hoje no SUS, 1% dele é biotecnológico, mas ele compromete 34% do orçamento do Sistema Único de Saúde. Quando começarmos a produzir aqui no Brasil, poderemos reduzir o preço e atender um número maior de pessoas.”

Outros dois guias específicos para o registro dos medicamentos Interferon Alfa, usado no combate a infecções virais e tipos de câncer, e Heparina, que tem função anticoagulante, foram publicados pela Anvisa. Padilha disse que agência também criou uma câmara técnica para propor novas políticas para os produtos biotecnológicos. “A ideia é que a gente possa ter instrumentos mais claros para a indústria poder produzir esses produtos no Brasil.”
Fonte:
http://www.crqv.org.br/php/index.php?link=2&sub=1&id=414

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Um pouco de Chet Baker


Chesney Henry Baker Jr. nasceu em 1929 e foi criado em uma fazenda de Oklahoma. Morreu em 1988 ao cair da janela de um hotel em Amsterdã. A causa do acidente tem duas versões: suicídio ou excesso de drogas. O que dá no mesmo. Foi um trompetista de jazz. Na infância, começou a cantar na igreja e ganhou um trompete do pai, guitarrista amador de bandas de country, de quem herdou a paixão pela música. Aos 17 anos, acrescentou um ano em seus documentos e alistou-se no Exército. Sendo transferido para Berlim começou a tocar em bandas militares. É nesse período que ouve jazz pela primeira vez, pela rádio do exército. Ao sair do exército parte para Los Angeles e começa a estudar teoria musical.

 

Iníciou sua carreira de sucesso com Charlie Parker quando este estava à procura de um trompetista para acompanhá-lo em sua turnê pelos Estados Unidos e Canadá. Baker tinha grande afeição por Charlie Parker, por sua gentileza, honestidade e pela maneira como protegia os músicos da banda, tentando mantê-los longe da heroína que tanto lhe corroia. Amante do jazz, Baker não tardou em conquistar o sucesso, sendo apontado como um dos melhores trompetistas do gênero. Em seguida, entrou para o ‘Gerry Mulligan Quartet’, que criou o estilo ‘west coast’, um estilo de jazz mais calmo, menos frenético cujas músicas caracterizavam-se por composições mais elaboradas. Tempos depois, Chet conquistou um novo público ao lançar-se como cantor, à frente do próprio quarteto. Sua versão de 'My Funny Valentine' com Mulligan é clássica. chet bakerApesar do sucesso, sua vida ia de mal a pior, com seguidas detenções por porte de heroína. Na Itália, onde morou nos anos 60, passou mais de um ano preso. O vício deteriorou sua reputação nos Estados Unidos, embora ele ainda fosse aclamado na Europa. Em 1964 volta aos EUA, agora dominados pelo rock dos Beatles, restando pouco espaço para os músicos de jazz. Nessa mesma época perdeu diversos dentes em conseqüência de um briga em uma negociação de heroína. Chet Baker desceu ao inferno. 
A vasta obra do músico é dividida em duas fases: a cool, do início da sua carreira, mais ligada ao virtuosismo jazzístico e a segunda parte, quando a sensibilidade na interpretação torna-se ainda mais evidente. Chet Baker gostava também de cantar, com sua voz pequena e frágil criando um modo de cantar no qual a voz era quase sussurrada, influenciando assim a bossa nova. Avesso às partituras, Baker era dotado de extrema criatividade, para tocar as músicas pedia apenas o tom, improvisava com sentimento e paixão. 
Chet Baker chegou ainda a tocar no Brasil por duas vezes, na primeira edição do "Free Jazz Festival", em 1985. Conta-se que após a segunda apresentação, em São Paulo, Baker quase teria morrido de overdose, após tomar doses cavalares de remédios para a abstinência. Impressionante é a metamorfose que sofreu devido ao vício. De galã com sorriso de Mona Lisa na década de 50, eternizado pelas belíssimas fotos de Willian Claxton, até sua decadente aparência de senhor de 70 anos, quando ainda tinha apenas 50.

fontes: http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=5814 e http://pintandomusica.blogspot.com/2009/08/chet-baker.html

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

RUSH: Clockwork Angels começa a ser gravado em outubro



O produtor do Rush  Nick Raskulinecz foi entrevistado recentemente pelo site Ultimate Guitar, atualizando o assunto Clockwork Angels:
"Está ficando fantástico. Gravamos duas músicas que já foram lançadas no ano passado, com a banda saindo em turnê em seguida. Atualmente estamos em pré-produção, buscando fazer o restante do disco. Iremos começar a gravar novamente em meados de outubro".
Como sabemos, o Rush  conta com uma nova gravadora, Roadrunner Records, e Clockwork Angels já será lançado por este selo, previsto para chegar às lojas em 2012. Conforme mencionado várias vezes pelos canadenses, esse novo álbum será acompanhado por mais uma turnê.
Pra quem ainda não conhece as duas músicas do álbum , divulgadas ano passado, acessem os vídeos.

Fonte: 
http://whiplash.net/materias/news_847/138675-rush.html

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Trompete, história e curiosidades

Desde adolescente toco trompete. Primeiro conheci este instrumento na banda marcial da escola. Com o passar dos anos surgiram oportunidades para tocar em orquestras da cidade e lugares próximos. Sempre fui apaixonada por este instrumento. Hoje em dia a rotina não permite que eu me dedique como gostaria, mas deixo aqui expresso o sentimento bom que tenho por ter tido a oportunidade de aprender a tocar trompete.






O trompete ou trombeta é um instrumento musical de sopro, um aerofone da família dos metais, caracterizada por instrumentos de boca, geralmente fabricados de metal. É também conhecido como pistão (pistom, por metonímia). Quem toca o trompete é chamado de trompetista.
O trompete é um tubo de metal, com um bocal no início e uma campana no fim. A distância percorrida pelo ar dentro do instrumento é controlada com o uso de pistos ou chaves, que controlam a distância a ser percorrida pelo ar no interior do instrumento. Além dos pistos, asnotas são controladas pela pressão dos lábios do trompetista e pela velocidade com que o ar é soprado no instrumento.
O trompete é utilizado em diversos gêneros musicais, sendo muito comumente encontrado na música clássica e no jazz. Em estilos mais acelerados, como o frevo, o ska e latinos como o mambo e a salsa, bem como no maracatu rural, na zona da mata do norte de Pernambuco.


DESCRIÇÃO

É um instrumento musical de tubo cilíndrico em três quartos da sua extensão, tornando-se então cônico e terminando numa campana. Desde meados do século XIX (1815) o trompete está munido de três pistos, o que lhe permite produzir cromáticamente todos os sons dentro da sua extensão. Tem um bocal hemisférico ou em forma de taça.






A maioria dos modelos modernos de trompete possui três válvulas de pistão, cada uma delas aumentando o comprimento do tubo, por consequencia baixando a altura da nota tocada. A primeira válvula baixa a nota em um tom (dois semitons), a segunda válvula em meio tom (um semitom) e a terceira em um tom e meio (três semitons). Usadas isoladamente e em combinação, as válvulas fazem do trompete um instrumento totalmente cromático, isto é, capaz de tocar as doze notas da escala cromática.

MITOLOGIA




A maioria dos modelos modernos de trompete possui três válvulas de pistão, cada uma delas aumentando o comprimento do tubo, por consequencia baixando a altura da nota tocada. A primeira válvula baixa a nota em um tom (dois semitons), a segunda válvula em meio tom (um semitom) e a terceira em um tom e meio (três semitons). Usadas isoladamente e em combinação, as válvulas fazem do trompete um instrumento totalmente cromático, isto é, capaz de tocar as doze notas da escala cromática.Na mitologia grega, o inventor do trompete foi Tyrsenus, filho de Héracles e uma mulher da Lídia. Esta mulher da Lídia costuma ser identificada pelos analistas como Ônfale, rainha governante da Lídia a quem Héracles serviu como escravo.


HISTÓRIA


Os primeiros trompetes eram feitos de um tubo de cana, bambu,madeira ou osso e até conchas, e só mais tarde se fizeram de metal. Embora os trompetes sejam instrumentos de tubo essencialmente cilíndrico, há trompetes extra-europeus (por exemplo, as do antigo Egito) que são nitidamente cônicos. Os mais primitivos eram usados à maneira de um megafone, para fins mágicos ou rituais: cantava-se ou gritava-se para dentro do tubo para afastar os maus espíritos. A partir da Idade do Bronze os trompetes passaram a ser usados sobretudo para fins marciais. 
Na Idade Média os trompetes eram sempre feitos de latão, usando-se também outros metais, marfim e cornos de animais. No entanto, tinham uma embocadura já semelhante à dos instrumentos atuais: um bocal em forma de taça. Este bocal era muitas vezes parte integrante do instrumento e não uma peça separada, como acontece atualmente. Até fins da Renascença predomina ainda o trompete natural, ou trombeta natural (aquela que produz os harmônicos naturais). As trombetas menores eram designadas por clarino. Era habitual, ao utilizar várias trombetas em conjunto, cada uma delas usar só os harmônicos de uma determinada zona. Durante o período Barroco os trombetistas passaram a se especializar em cada um destes registos, sendo inclusive remunerados em função disso. 

Abaixo, um trompete barroco:


O registo clarino, extremamente difícil, era tocado apenas por virtuosos excepcionais, capazes de tocar até ao 18.º harmônico. A trombeta natural no registo de clarino tem um timbre particularmente belo, bastante diferente do timbre do trompete atual. O desaparecimento, após a Revolução Francesa, de pequenas cortes que mantinham músicos foi uma das razões que fizeram com que os executantes de clarino desaparecessem também no fim do séc. XVIII. A impossibilidade de produzir mais sons para além de uma única série de harmônicos era a maior limitação dos instrumentos naturais. Já no principio do Barroco este problema começa a ser encarado seriamente, surgindo os trompetes de varas. Existe em Berlim uma trombeta de 1615 em que o tubo do bocal pode ser puxado para fora 56cm, aumentando o comprimento do tubo o suficiente para o som baixar uma terça. Vários instrumentos, hoje obsoletos, foram construídos como resultado de invenções e tentativas, até ao aparecimento dos pistões em 1815. Surge então uma nova era, não só para o trompete como também para outros metais.
Abaixo: um trompete em C com válvulas rotativas:

Gostou,quer conhecer um pouco mais?aqui vai uma lista dos trompetistas mais famosos!
  1. WINTON MARSALIS
  2. ARTURO SANDOVAL
  3. DOC SEVERINSEN
  4. MAYNARD FERGUSON
  5. CLIFFORD BROWN
  6. CHET BAKER
  7. MILES DAVIES

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Diagramas de Pourbaix

Essas últimas semanas estive entretida fazendo meu diagrama de Pourbaix para o níquel, como atividade da disciplina de Corrosão. Só que como parte do aprendizado, não foi explicado exatamente como fazer o tal diagrama. Andei pesquisando referências em Inglês e até em Francês, já que o atlas de Pourbaix é nessa língua... Enfim quero compartilhar um pouco desse aprendizado e orientar quem um dia precise fazer um diagrama e não saiba por onde começar...


Os diagramas de Pourbaix, desenvolvidos por Marcel Pourbaix (CEBELCOR Bélgica, 1904-1998), são diagramas nos quais se relaciona o potencial de um dado metal com o pH da solução com a qual ele contata e que permitem prever se esse metal apresenta ou não tendência para se corroer nesse meio.



O principal uso destes diagramas é:
1. predizer a direção espontânea de reações,
2. estimar a composição dos produtos da corrosão, e
3. prever alterações ambientais as quais irão prevenir ou reduzir o ataque corrosivo.

Na Figura 1 apresenta-se, a título de exemplo, o diagrama de Pourbaix para o
sistema cádmio-água:

Figura 1 - Diagrama de Pourbaix para o sistema cádmio-água
         Da observação da figura verifica-se ser possível delimitar várias áreas (A a D), as quais corresponderão à estabilidade termodinâmica dos diferentes compostos metálicos. Assim, a região A corresponderá a uma situação na qual a espécie mais estável é o cádmio metálico (Cd), na região B o composto termodinamicamente mais estável será o íon Cd2+, na região C o hidróxido de cádmio e assim sucessivamente.

Dependendo da espécie metálica que domina, as várias áreas são designadas por:

zona de imunidade: zona onde as reações nunca são termodinamicamente
possíveis. Nesta zona a corrosão é nula já que o metal apresenta umcomportamento inerte, isto é, mantém-se na sua forma metálica (Cd).
Exemplos de materiais imunes são o ouro e a platina cujos diagramas dePourbaix apresentam áreas de imunidade muito extensas.
zona de corrosão: zonas onde as reações são possíveis, com consequente
destruição metálica. São por esta razão, zonas onde as formas metálicas mais
estáveis são as iônicas (Cd2+ e HCdO2-).
zona de passivação: zonas onde as reações são possíveis conduzindo à
formação de óxidos (ou hidróxidos) metálicos, estáveis e protetores (Cd(OH)2).
Nesta zona a corrosão metálica é também praticamente nula.

         Contudo, embora estes diagramas proporcionem uma base muito firme, sob o ponto de vista termodinâmico, na interpretação das reações de corrosão, deve ser tomado cuidado na sua utilização já apresentam as mesmas limitações de qualquer cálculo termodinâmico:
_ pressupõem que todas as reações consideradas são reversíveis e rápidas, o que
nem sempre acontece.
_ não informam sobre a cinética dos processos (velocidades das reações) apenas
indicando se uma reação é ou não termodinamicamente possível.
_ aplicam o termo passivação às zonas de estabilidade dos óxidos (ou hidróxidos),
independentemente das suas propriedades protetoras. A proteção só é efetiva
se o filme for aderente e não poroso.
_ Apenas são aplicados a metais puros (não existem para ligas) e em soluções sem
espécies complexantes ou que formem sais insolúveis.



Para construção dos Diagramas:
Listar as espécies participantes em pares de equilíbrio

– Calcular eo para cada par e a respectiva equação de Nernst.


Nessa etapa, o tipo de reação (química ou eletroquímica) tem que ser identificada.
Reações químicas vão originar linhas verticais, as reações eletroquímicas com H+ originarão linhas oblíquas no diagrama, e reações eletroquímicas sem H+ originam linhas horizontais.

– Arbitrar se necessário valores para as atividades das espécies dissolvidas
Temos que definir a atividade/ concentração das espécies em estudo, pois para cada valor de concentração, um diagrama diferente pode ser feito. Geralmente é utilizada a concentração de 10 na -6 (0,000001)... e Atividade de compostos puros é normalmente 1.

– Plotar as equações de Nernst
Depois que a equação está definida, arbitrar 2 valores de pH (ex: -2 e 16) para traçar a reta. 

Mais detalhes sobre a construção dos diagramas, podem ser consultados no Atlas do Pourbaix,
http://semos.dk/Per/41653/download/Pourbaix_basic.pdf

 http://pwp.net.ipl.pt/dem.isel/smanutencao/Disciplinas/Quimica/elementos_q_files/Pourbaix.pdf


 http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/CMPS-6W2PD3/1/disserta___erik_lu_s_sardinha_cecconello.pdf


entre outras...